sexta-feira, 16 de março de 2012

Nirá

Nirá (allium tuberosum) ou alho japonês ou conhecida também como cebolinha japonesa pertence ao mesmo gênero do alho comum e da cebolinha verde.
É originária da Ásia. Possui talos fortes e longos, de um verde intenso e sabor suave.  Em função dessas características, a sua utilização na culinária é ampla, principalmente na cozinha japonesa.
O nirá é rico em vitaminas A e C, além de outra série de minerais, como potássio, cálcio fósforo, sódio ferro, zinco, entre outros.
Suas flores, também comestíveis, são conhecidas como hana nirá e devem ser colhidas antes de sua abertura, são mais raras de se encontrar e também muito mais caras.

Faço uma receita básica, mas muito saborosa. É refogadinha com gengibre e shoyo.

Receita de Nirá
1 maço de nirá
gengibre
shoyo (3 colheres (sopa))
azeite
limão

Modo de Fazer:
Lave os talos de nirá e pique em tiras grandes. Reserve. 
Pique gengibre (a quantidade você determina), como se fosse alho, bem picadinho. Doure em azeite e acrescente as tiras do nirá. Não deixe refogar por muito tempo, para que as folhas fiquem ainda um pouco crocantes. Acrescente o shoyo, algumas gotas de limão. Sirva a seguir. 

obs: o nirá pode ser um acompanhamento em refeições ou pode ser servido como aperitivo, para comer com o hashi (os famosos pauzinhos japoneses que substituem nossos talheres).



quinta-feira, 15 de março de 2012

Bromélias

As bromélias não são parasitas como muitas pessoas pensam. Na natureza, aparecem como epífitas (apoiam-se em outro vegetal, para obter mais iluminação ou ventilação).
Compõem as mais adaptáveis famílias de plantas do mundo, pois apresentam uma incrível resistência e uma infinita e curiosa variedade de formas e combinação de cores.
 As bromélias florescem somente uma vez durante seu tempo de vida. Após a floração, a planta desenvolve uma brotação lateral que a substituirá. Atingem a maturidade e florescem em diferentes tempos, de meses a dezenas de anos, dependendo da espécie e das condições do ambiente.
Um fato curioso é  seu instinto de preservação de sua espécie pois, quando se sente ameaçada, uma mudança brusca do ambiente, por exemplo, ela floresce, com a finalidade de gerar sementes e brotos, para assegurar a sua preservação.
Muitas pessoas falam sobre as bromélias serem criadouros da dengue. Li em um artigo da sociedade brasileira de bromélias que é preciso entender a ecologia da bromélia e de como o "Aedes aegypti" entra nessa estória.
Li que o tanque que algumas bromélias desenvolvem no imbricamento de suas folhas não é uma poça d'água. Ela é sim um poço de vida. A diferença é que uma poça d'água (pratinhos, pneus, garrafas e plásticos), ainda que possam abrigar, ocasionalmente algumas formas de vida, é uma água parada, um ambiente inerte. O tanque das bromélias, contudo, é uma estrutura vital da planta e assim como os intestinos dos animais, abriga muitas formas de vida das quais ela depende para se nutrir e sobreviver.
A poça d'água armazenada ao acaso, a água da chuva passa a ser rapidamente colonizada pelos organismos menos especializados. A partir de alguns poucos nutrientes, surgem determinadas algas e bactérias. Em poucos dias aparecem as larvas dos mosquitos.
As bromélias começam a guardar água antes de seu primeiro ano de vida. Essa água, protegida pelo ambiente das folhas, se transforma num pequeno, mas rico ecossistema em muito pouco tempo.

Não há necessidade de se retirar as bromélias de nossos jardins, como muitas pessoas fizeram.
Elas são lindas, e não nos oferecem perigos. Apenas por segurança, podemos lançar mão de todas as receitas já conhecidas: pó de café, água sanitária (uma colher de chá de água sanitária para 1 litro de água), regar as plantas com calda de fumo e muitas outras.
Em casa tenho algumas espécies, que enriquecem sobremaneira nosso jardim.